A aventura começou logo que acordamos. Eram apenas quatro e um quarto da manhã quando me levantei para um ultimo duche antes da "empresa" para que partiríamos (ando a ler sobre os descobrimentos e a inquisição espanhola... dá nisto). Apesar das duas semanas tensas do Natal e passagem de ano com os meus pais, devo dizer que mesmo depois de algumas discussões difíceis, eles tiveram (surpreendentemente) um comportamento irrepreensível com a visita do Leroy dia 2. Pela primeira vez em 27 anos ouvi o meu pai falar inglês (eu nem sabia que ele conseguia) e até a Rita foi extremamente simpática, tudo isto tendo em conta as inúmeras particularidades das circunstancias... Bem, o que e certo e que os meus pais se ofereceram para nos dar boleia até Espanha visto que passariam por lá no caminho de regresso as aulas no Luxemburgo e assim deveriam deixar-nos as 8:00 em Salamanca de onde partia o comboio rumo a Reus. Tudo perfeito.
O que não me lembrei e apenas quando estávamos já os quatro dentro do carro e prontos a partir as 5 e que Espanha tem uma hora de diferença horária e por isso jamais chegaríamos a tempo. Depois de algumas discussões e gargalhadas com o nosso infortúnio (já era a 3a vez que eu me enganava em uma hora no agendar de horários de viagens, a 1a para ir de Londres para o Porto e a 2a de Kos (Grécia) para Atenas) acabámos por decidir ficar em Valladolid pois agora já tem o comboio de alta velocidade para Madrid. Assim chegámos lá às 10:30 da manhã e esperámos até às 15:00 pelo Inter-regional mas não pudémos sair da estação neste período pois não tem cacifes e nos íamos (como habitualmente) carregadissimos. Depois partimos então e chegámos a capital ás 18:00h. Aí esperámos, mais uma vez na estação até as 22:00 donde partimos numa viagem infernal sem podermos praticamente dormir nuns lugares onde só caberiam crianças ou um mestre do contorcionismo, durante as seguintes 7 horas de viagem. Depois e entretanto já dia 6 de Janeiro, domingo, as 5:10 chegámos à estação de Reus onde esperámos até às 8 pelo James que nos viria buscar.
Estávamos mortos... mais uma vez 24 horas de viagens com casas de banho assombrosas, refeições de meter medo, café intragável e o pior atendimento do Mundo. Mas tudo valeria a pena assim que vislumbrei onde chegámos.
Pois é, já estava em outro paraíso... parece que para chegar a alguns paraísos é sempre preciso uma verdadeira aventura...pelo menos para mim e para o Lee.
Chegámos assim a casa dele e do seu amigo James em Cornedella de Montsant na Cataluna. As duas casinhas deles, dois studios independentes e completamente construídos de raiz por eles são os meus sonhos tornados realidade... lindas! É claro que falta pintarem-nas por fora, algumas janelas que foram substituídas por plástico, algumas ligações das águas como a pia da casa do James, água quente na nossa e claro luz (electricidade em geral melhor dizendo) pois só quando se liga o gerador é que se tem senão funciona a lei das velas... mas o sitio, a quantidade de luz que ambas têm e a sua arquitectura compensam toda esta falta de comodidades a que tão facilmente nos habituamos... (prometo fotos para breve)
O terreno onde as casas estão é simplesmente incrível. Composto por socalcos cheios de aveleiras e amendoeiras na base da cordilheira de Montsant com as paredes gigantes mesmo em cima de nós e a vista sobre as falésias de Siurana e Arboli do outro lado... é lindo!
A nossa casa não é mais que um open space com kitchenette e uma casa de banho no piso inferior. Relembro que foi tudo feito pelo Leroy e pelo James o que me impressiona ainda mais por serem tão incrivelmente lindas. A nossa tem ainda a particularidade de estar encostada a um bloco gigante de rocha (conglomerado) e por isso todo esse lado da casa por dentro tem essa mesma rocha como parede, toda a zona principal bem como a casa de banho em baixo. Da-lhe um toque incrível. Sao dois aquecedores a lenha que as mantêm sempre quentinhas.
Bem, entretanto estes dias visto que o Lee tem andado com uma guerra com uma terrível dor de dentes, o James gripado e a chuva, não tem dado para ir até às falésias e temo-nos apenas dedicado as lides de casa, eles cortam lenha, fazemos longas caminhadas a passear os três "lobos" e fazemos as compras nas mercearias dos simpáticos locais que sempre nos atendem com um sorriso de orelha a orelha. Tem sido também bom pretexto para eu ler bastante.
Ontem recebi a noticia, pelo meu pai, que devo partir ainda este fim de semana para Portugal pois tenho marcada um entrevista para um possível trabalho esta semana que vem... isto apanhou-nos um pouco de surpresa pois estávamos a começar apenas a estabelecer-nos mas...o que tem que ser tem muita força.
Até então.
O que não me lembrei e apenas quando estávamos já os quatro dentro do carro e prontos a partir as 5 e que Espanha tem uma hora de diferença horária e por isso jamais chegaríamos a tempo. Depois de algumas discussões e gargalhadas com o nosso infortúnio (já era a 3a vez que eu me enganava em uma hora no agendar de horários de viagens, a 1a para ir de Londres para o Porto e a 2a de Kos (Grécia) para Atenas) acabámos por decidir ficar em Valladolid pois agora já tem o comboio de alta velocidade para Madrid. Assim chegámos lá às 10:30 da manhã e esperámos até às 15:00 pelo Inter-regional mas não pudémos sair da estação neste período pois não tem cacifes e nos íamos (como habitualmente) carregadissimos. Depois partimos então e chegámos a capital ás 18:00h. Aí esperámos, mais uma vez na estação até as 22:00 donde partimos numa viagem infernal sem podermos praticamente dormir nuns lugares onde só caberiam crianças ou um mestre do contorcionismo, durante as seguintes 7 horas de viagem. Depois e entretanto já dia 6 de Janeiro, domingo, as 5:10 chegámos à estação de Reus onde esperámos até às 8 pelo James que nos viria buscar.
Estávamos mortos... mais uma vez 24 horas de viagens com casas de banho assombrosas, refeições de meter medo, café intragável e o pior atendimento do Mundo. Mas tudo valeria a pena assim que vislumbrei onde chegámos.
Pois é, já estava em outro paraíso... parece que para chegar a alguns paraísos é sempre preciso uma verdadeira aventura...pelo menos para mim e para o Lee.
Chegámos assim a casa dele e do seu amigo James em Cornedella de Montsant na Cataluna. As duas casinhas deles, dois studios independentes e completamente construídos de raiz por eles são os meus sonhos tornados realidade... lindas! É claro que falta pintarem-nas por fora, algumas janelas que foram substituídas por plástico, algumas ligações das águas como a pia da casa do James, água quente na nossa e claro luz (electricidade em geral melhor dizendo) pois só quando se liga o gerador é que se tem senão funciona a lei das velas... mas o sitio, a quantidade de luz que ambas têm e a sua arquitectura compensam toda esta falta de comodidades a que tão facilmente nos habituamos... (prometo fotos para breve)
O terreno onde as casas estão é simplesmente incrível. Composto por socalcos cheios de aveleiras e amendoeiras na base da cordilheira de Montsant com as paredes gigantes mesmo em cima de nós e a vista sobre as falésias de Siurana e Arboli do outro lado... é lindo!
A nossa casa não é mais que um open space com kitchenette e uma casa de banho no piso inferior. Relembro que foi tudo feito pelo Leroy e pelo James o que me impressiona ainda mais por serem tão incrivelmente lindas. A nossa tem ainda a particularidade de estar encostada a um bloco gigante de rocha (conglomerado) e por isso todo esse lado da casa por dentro tem essa mesma rocha como parede, toda a zona principal bem como a casa de banho em baixo. Da-lhe um toque incrível. Sao dois aquecedores a lenha que as mantêm sempre quentinhas.
Bem, entretanto estes dias visto que o Lee tem andado com uma guerra com uma terrível dor de dentes, o James gripado e a chuva, não tem dado para ir até às falésias e temo-nos apenas dedicado as lides de casa, eles cortam lenha, fazemos longas caminhadas a passear os três "lobos" e fazemos as compras nas mercearias dos simpáticos locais que sempre nos atendem com um sorriso de orelha a orelha. Tem sido também bom pretexto para eu ler bastante.
Ontem recebi a noticia, pelo meu pai, que devo partir ainda este fim de semana para Portugal pois tenho marcada um entrevista para um possível trabalho esta semana que vem... isto apanhou-nos um pouco de surpresa pois estávamos a começar apenas a estabelecer-nos mas...o que tem que ser tem muita força.
Até então.
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