Estes últimos tempos têm sido bastante intensos e repletos de actividade.
Eu já me tinha habituado a alguma agitação mas confesso que ultimamente tem sido hilariante… Entre acidentes rodoviários que terminam comigo após dar a primeira assistências aos sinistrados a ficar sem bateria no carro, com os bombeiros a empurrar o carro, eu de tacão de 10 cm, casaquinho de fato e 2 graus à meia noite no meio do nada… enfim, só a mim….
Entretanto veio o fim-de-semana da festa da Sra. Cabeça aqui da aldeia. Não fui. Tinha alguma obrigação em pelo menos ir lá marcar o ponto mas optei por no sábado dar um salto a uma conferência a Seia e no domingo ir até ao Porto desviar o filhote até aos blocos de Sto. Tirso. Não deu para fazer muito mas o miúdo ia sacando um 7b+! O Cardinal ainda apareceu com a comandita dele. Foi uma boa tarde que acabou já estava de noite. No dia seguinte fui buscar o equipamento que me tinha trazido ao Porto para o utilizar na recolha de águas da mina da Granja, já pelas minhas bandas. Lá fui eu fazer os meus 200 km de regresso, carregada de caixas térmicas, garrafas, garrafinhas e tubos de ensaio a tilintar.
Depois de mais um dia por ali, com alguma chuva a ameaçar decidimos vir embora e no regresso tivemos que cumprir o ritual e jantar no chinês em Coimbra. Eu a chocar uma gripe descomunal não conseguia deixar de sentir o contentamento do meu feito. Cheguei a casa já perto da meia noite e ainda tive tempo para um banho de água quente para dar alento ao dia que se seguiria e acalmar as dores musculares.
Domingo de Páscoa, a família toda e a praxe do Nuno que teve o seu primeiro “beijar do Cristo” apesar de alguma resistência inicial… a tradição já não é o que era e agora o padre já vem no seu “furgão” com a equipe toda que desta vez, com excepção do já batido velhote que carregava a cruz, as assistentes eram todas umas meninas casadoiras e de umbigo ao léu… A minha avó é que não achou muita piada mas depois até se esqueceu com a aceitação dos ritos religiosos por parte do seu mais recente “neto”. O meu cunhado acabou por levar por todos. Mas para entrar para qualquer família há sempre que sofrer…hihihihi! Ele até se portou bem.
Agora ando mais uma vez em período de reflexão e com os tempos de mudança que se aproximam… isto pode ser bom ou mau.
Eu sempre tive a perspectiva de que isto era algo positivo e sempre fui um tanto ou quanto ansiosa quanto ao que o futuro me traria mas confesso que estou com medo. O passado já me trouxe alguns períodos mais negros e esta mudança está associada a eles... E agora?
Resta-me o contentamento de apesar de tudo, por enquanto, ter uma vida que me dá bastante prazer em viver.
Eu já me tinha habituado a alguma agitação mas confesso que ultimamente tem sido hilariante… Entre acidentes rodoviários que terminam comigo após dar a primeira assistências aos sinistrados a ficar sem bateria no carro, com os bombeiros a empurrar o carro, eu de tacão de 10 cm, casaquinho de fato e 2 graus à meia noite no meio do nada… enfim, só a mim….
Entretanto veio o fim-de-semana da festa da Sra. Cabeça aqui da aldeia. Não fui. Tinha alguma obrigação em pelo menos ir lá marcar o ponto mas optei por no sábado dar um salto a uma conferência a Seia e no domingo ir até ao Porto desviar o filhote até aos blocos de Sto. Tirso. Não deu para fazer muito mas o miúdo ia sacando um 7b+! O Cardinal ainda apareceu com a comandita dele. Foi uma boa tarde que acabou já estava de noite. No dia seguinte fui buscar o equipamento que me tinha trazido ao Porto para o utilizar na recolha de águas da mina da Granja, já pelas minhas bandas. Lá fui eu fazer os meus 200 km de regresso, carregada de caixas térmicas, garrafas, garrafinhas e tubos de ensaio a tilintar.
Terça tive uma visita a bater-me à porta às 7 da manhã um tanto ou quanto insólita – um asno! Mas dos a sério que dos outros eu já estou habituada. O Milu e o Sebastião é que não acharam muita piada.
Foi também uma semana para reforçar a cumplicidade com alguns amigos mais recentes que me têm feito bastante bem para passar o tempo aqui por terras que conseguem ser por vezes bastante inóspitas. O Augusto, a Ana e o Pedro têm sido uma verdadeira lufada de ar fresco.
Depois de andar metade da semana à chuva, ao frio, no meio de água a recolhe-la em lameiros, ribeiros, galerias e poços finalmente ficou o trabalho completo. Valeu-me a companhia do Dr. Lopo Mendonça, um sábio hidrogeólogo que me acompanhou nos trabalhos de campo. Voltei ao Porto em visita relâmpago para entregar as amostras e regressei nessa mesma tarde pois no dia seguinte vinham os aguardados Papis.
A seguir àquele fim-de-semana desmotivante na Estrela, em que os duros me encheram de ambição mas mais ainda de frustrações, seguiu-se um de passeio e um outro de apenas deambulação. A crise não dava para mais. Os miúdos vieram dar um giro a Tabuaço e o mestre acabou por encadear o seu projecto, um 7a lindo. A Ben Hur teve assim o seu first ascent. (Parabéns, só um verdadeiro mestre o conseguiria!) Só lamento não ter estado presente mas os meus pais tinham acabado de chegar aqui para as férias da Páscoa e ainda estava em “período oficial de mimo”. No domingo ainda vieram, o Márcio, o Nunito e o Mica aqui a estes lados dar um mico a umas pedritas…mas só lhes fiz a visita guiada. Dei um tiro ao bloco mais básico que havia na região e depois andei a passear. Apesar de tudo até isso me deu prazer.
Entretanto passou-se uma semanita calma, com algum trabalho, reuniões e alguma formação associada ao estágio que implicou rever algumas das personagens com quem fiz os dois primeiros meses de formação obrigatória para o estágio do INOVJovem mas também algumas amigas que daí resultaram.
Finalmente o tão esperado fim-de-semana! Tinha combinado com um amigo que tinha conhecido com estas inovações da net, encontrar-me com ele no Reguengo do Fetal, sexta-feira de manhã. Antes disso já me tinha encontrado com o filhote e o Márcio em Coimbra, seguindo com os dois para baixo. Faltava apenas o Johnny que vinha ter connosco ás paredes. Começámos a escalar já eram quase 11 da manhã e o sol apertava… O Reguengo parecia um shopping ao domingo, mais cheio não creio que pudesse estar. Depois de encadear umas vias, que na primeira vez que ali tinha estado, já à meio ano, nem tinha quase conseguido fazer o arranque e agora encadeava à primeira – é certo, IVºs graus mas para mim uma grande conquista, especialmente para recuperar a motivação perdida nos últimos tempos – decidimos fugir dali e rumar para norte até Poios e foi a aposta certa. Não estava lá praticamente ninguém, ainda deu para apanhar uns sustozitos mas para aprender muita coisa, muita mesmo…
Enquanto isso, nas Antas, em casa, os meus pais, a minha irmã e o namorado aturavam a louca da minha avó que tentava enlouquece-los a eles todos também, enquanto passava estes dias da Páscoa em casa com a família, metendo umas férias do lar.
Ao fim da tarde fomos até ao tasquito beber umas “Cocacolitas” e depois, quando chegou o Sr. Agente lá fomos rumo a Pombal para jantar. O que não contámos é que era sexta-feira santa e estava praticamente tudo fechado. Acabámos numa pizzaria duns “avecs” na esperança de provar umas “pizzolinas” mas tivemos que nos contentar com umas pizzas “caprichosas” e “camponesas” e uns bifes que tínhamos ouvido matar, todos condimentados com bastantes “epices”.
Fim de noite, o João rumou a Poios enquanto que nós os três e o Alexandre fomos até ao sopé da Sra. da Estrela onde montámos acampamento. O Mestre tinha-me levado praticamente tudo o que precisava pelo que não precisei de me preocupar com quase nada e ainda por cima tínhamos uma tenda daquelas “manhosas” de agora, as tais que se montam em 3 segundos para estrear. Foi giro e acabou por ser bastante prático. Depois de eu e o Filhote ficarmos esclarecidos quanto à luminosidade de algumas extremidades do Márcio e após algumas pragas rogadas à comunidade do sul que tinha assentado arraias na capela lá em cima e que esteve a batucar até já depois da uma da manhã, finalmente se conseguiu dormir.
Acordámos por volta das 9 e o Filhote que descobri afinal ser um Alberto, foi corrido da tenda com uma alvorada um tanto ou quanto hostil. Mas de uma espinhosa só isto seria de esperar… Vestir, lavar dentes, desmontar a tenda (que já não é em 3 segundos…) e partir rumo à pastelaria para o pequeno-almoço.
Depois fomos finalmente ter com o João que já nos esperava no sector da gruta em Poios. O Márcio estava determinado a fazer-me encadear o 6a à direita da gruta, algo a que eu nem sequer aspirava… era de facto a via de cá de baixo com que eu tinha, desde que conheci a escola, mais “simpatizado” mas daí a encadeá-la… mas assim foi, ao fim de um primeiro tiro bem sucedido em top, veio o encadeamento! Que delírio, que satisfação, que êxtase!
Foi assim o meu primeiro 6a, Jean Cristoph Lafaille fica registado.
Foi também uma semana para reforçar a cumplicidade com alguns amigos mais recentes que me têm feito bastante bem para passar o tempo aqui por terras que conseguem ser por vezes bastante inóspitas. O Augusto, a Ana e o Pedro têm sido uma verdadeira lufada de ar fresco.
Depois de andar metade da semana à chuva, ao frio, no meio de água a recolhe-la em lameiros, ribeiros, galerias e poços finalmente ficou o trabalho completo. Valeu-me a companhia do Dr. Lopo Mendonça, um sábio hidrogeólogo que me acompanhou nos trabalhos de campo. Voltei ao Porto em visita relâmpago para entregar as amostras e regressei nessa mesma tarde pois no dia seguinte vinham os aguardados Papis.
A seguir àquele fim-de-semana desmotivante na Estrela, em que os duros me encheram de ambição mas mais ainda de frustrações, seguiu-se um de passeio e um outro de apenas deambulação. A crise não dava para mais. Os miúdos vieram dar um giro a Tabuaço e o mestre acabou por encadear o seu projecto, um 7a lindo. A Ben Hur teve assim o seu first ascent. (Parabéns, só um verdadeiro mestre o conseguiria!) Só lamento não ter estado presente mas os meus pais tinham acabado de chegar aqui para as férias da Páscoa e ainda estava em “período oficial de mimo”. No domingo ainda vieram, o Márcio, o Nunito e o Mica aqui a estes lados dar um mico a umas pedritas…mas só lhes fiz a visita guiada. Dei um tiro ao bloco mais básico que havia na região e depois andei a passear. Apesar de tudo até isso me deu prazer.
Entretanto passou-se uma semanita calma, com algum trabalho, reuniões e alguma formação associada ao estágio que implicou rever algumas das personagens com quem fiz os dois primeiros meses de formação obrigatória para o estágio do INOVJovem mas também algumas amigas que daí resultaram.
Finalmente o tão esperado fim-de-semana! Tinha combinado com um amigo que tinha conhecido com estas inovações da net, encontrar-me com ele no Reguengo do Fetal, sexta-feira de manhã. Antes disso já me tinha encontrado com o filhote e o Márcio em Coimbra, seguindo com os dois para baixo. Faltava apenas o Johnny que vinha ter connosco ás paredes. Começámos a escalar já eram quase 11 da manhã e o sol apertava… O Reguengo parecia um shopping ao domingo, mais cheio não creio que pudesse estar. Depois de encadear umas vias, que na primeira vez que ali tinha estado, já à meio ano, nem tinha quase conseguido fazer o arranque e agora encadeava à primeira – é certo, IVºs graus mas para mim uma grande conquista, especialmente para recuperar a motivação perdida nos últimos tempos – decidimos fugir dali e rumar para norte até Poios e foi a aposta certa. Não estava lá praticamente ninguém, ainda deu para apanhar uns sustozitos mas para aprender muita coisa, muita mesmo…
Enquanto isso, nas Antas, em casa, os meus pais, a minha irmã e o namorado aturavam a louca da minha avó que tentava enlouquece-los a eles todos também, enquanto passava estes dias da Páscoa em casa com a família, metendo umas férias do lar.
Ao fim da tarde fomos até ao tasquito beber umas “Cocacolitas” e depois, quando chegou o Sr. Agente lá fomos rumo a Pombal para jantar. O que não contámos é que era sexta-feira santa e estava praticamente tudo fechado. Acabámos numa pizzaria duns “avecs” na esperança de provar umas “pizzolinas” mas tivemos que nos contentar com umas pizzas “caprichosas” e “camponesas” e uns bifes que tínhamos ouvido matar, todos condimentados com bastantes “epices”.
Fim de noite, o João rumou a Poios enquanto que nós os três e o Alexandre fomos até ao sopé da Sra. da Estrela onde montámos acampamento. O Mestre tinha-me levado praticamente tudo o que precisava pelo que não precisei de me preocupar com quase nada e ainda por cima tínhamos uma tenda daquelas “manhosas” de agora, as tais que se montam em 3 segundos para estrear. Foi giro e acabou por ser bastante prático. Depois de eu e o Filhote ficarmos esclarecidos quanto à luminosidade de algumas extremidades do Márcio e após algumas pragas rogadas à comunidade do sul que tinha assentado arraias na capela lá em cima e que esteve a batucar até já depois da uma da manhã, finalmente se conseguiu dormir.
Acordámos por volta das 9 e o Filhote que descobri afinal ser um Alberto, foi corrido da tenda com uma alvorada um tanto ou quanto hostil. Mas de uma espinhosa só isto seria de esperar… Vestir, lavar dentes, desmontar a tenda (que já não é em 3 segundos…) e partir rumo à pastelaria para o pequeno-almoço.
Depois fomos finalmente ter com o João que já nos esperava no sector da gruta em Poios. O Márcio estava determinado a fazer-me encadear o 6a à direita da gruta, algo a que eu nem sequer aspirava… era de facto a via de cá de baixo com que eu tinha, desde que conheci a escola, mais “simpatizado” mas daí a encadeá-la… mas assim foi, ao fim de um primeiro tiro bem sucedido em top, veio o encadeamento! Que delírio, que satisfação, que êxtase!
Foi assim o meu primeiro 6a, Jean Cristoph Lafaille fica registado.
Depois de mais um dia por ali, com alguma chuva a ameaçar decidimos vir embora e no regresso tivemos que cumprir o ritual e jantar no chinês em Coimbra. Eu a chocar uma gripe descomunal não conseguia deixar de sentir o contentamento do meu feito. Cheguei a casa já perto da meia noite e ainda tive tempo para um banho de água quente para dar alento ao dia que se seguiria e acalmar as dores musculares.
Domingo de Páscoa, a família toda e a praxe do Nuno que teve o seu primeiro “beijar do Cristo” apesar de alguma resistência inicial… a tradição já não é o que era e agora o padre já vem no seu “furgão” com a equipe toda que desta vez, com excepção do já batido velhote que carregava a cruz, as assistentes eram todas umas meninas casadoiras e de umbigo ao léu… A minha avó é que não achou muita piada mas depois até se esqueceu com a aceitação dos ritos religiosos por parte do seu mais recente “neto”. O meu cunhado acabou por levar por todos. Mas para entrar para qualquer família há sempre que sofrer…hihihihi! Ele até se portou bem.
Agora ando mais uma vez em período de reflexão e com os tempos de mudança que se aproximam… isto pode ser bom ou mau.
Eu sempre tive a perspectiva de que isto era algo positivo e sempre fui um tanto ou quanto ansiosa quanto ao que o futuro me traria mas confesso que estou com medo. O passado já me trouxe alguns períodos mais negros e esta mudança está associada a eles... E agora?
Resta-me o contentamento de apesar de tudo, por enquanto, ter uma vida que me dá bastante prazer em viver.
2 comentários:
já tens a despensa cheia? parece que já não chega a Maio... dizem os russos ...mas desde que se deixaram bombardear pelo sadam na fuga de bagdad deixei de os ter em consideração quanto a intelligence ehehehehe
e o 6a+ saiu de tacões de 10 cm??
:-)
parabens aquele final "es muy raro"
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